Porto Alegre/Salgado Filho: eu e o Ramon (o Ramon é um outro intercambista da AIESEC Santa Maria, ele vai trabalhar no mesmo projeto que eu e nós planejamos a viagem juntos) encontramos dois outros da AIESEC, um no saguão do aeroporto mesmo (o Jordano, indo para a Índia) e outro no salão de embarque (o Artur Baraldi, indo para Portugal... não confundam com eu, o Arthur, com h, que está na Rùssia)... e o mais incrível é o seguinte: neste voo, são duas fileiras de bancos com três bancos cada. Adivinha quem ficou do meu lado e do Ramon? Sim... o Arthur! Foi bom porque podemos conversar um pouco e trocarmos umas ideias. Bem, e como foi decolar, voar e aterrissar no primeiro voo? Pois nem parecia que era a primeira vez que eu andava de avião... fiquei tranquilo mesmo! Aproximadamente 1:30 min de voo. Foi muito bom acompanhar a costa do sul do Brasil: quando as nuvens permitiram, deu para identificar: Garopaba, Florianópolis, Itapema, Ilha do Mel, Santos e, claro, entre nuvens, pouco antes de aterrissar, São Paulo.
São Paulo/Guarulhos: Não dava pra acreditar que era Guarulhos, em plenas 15:00 do dia 24 de dezembro. Sim, estava movimentado, mas muito longe do esperado... como fizemos o check-in bem cedo, nem enfrentamos fila! Almoçamos eu, o Ramon, o Artur e um outro intercambista que iria para a Austrália, amigo do Artur. Foi em um restaurante no aeroporto (nós preferimos comer bem porque esta poderia ser a última refeição ´de fundamento´ em muito tempo. Poderia, porque, contrariando o que todos pensavam, tem duas coisas que não se passam aqui na rússia: fome nem frio. Sim, não se passa frio aqui, tudo tem calefação, mas isso conto mais tarde. Enfim, restaurante que serve churrasco fora do Sul não sabe servir churrasco: por causa do bendito assador que era todo atrapalhado, uma fila enorme se formou para comer... quando eu consegui sentar à mesa a comida já estava fria. Mas era boa... fria, mas boa! Bem, voo internacional é outro nível: a começar pelo avião, um dos maiores do aeroporto. Dentro dele, as tradicionais divisões de classes, bem como em filmes (é claro que o nosso assento era lá atrás, hehe. Eram três fileiras, sendo que as das janelas tinham dois assentos e a do meio quatro.
Sinceramente, eu esperava que fossem mais. Bem, tela de lcd na frente de cada banco. Programação? a única que eu consegui prestar atenção era a que mostrava o status do voo: um mapa mostrando a localização do avião, e outras informações como tempo decorrido, tempo para o destino, altitude, velocidade... (altitude na maior parte do tempo era 35000 pés, se não me engano... e a velocidade 900 Km/h).. Os bancos não eram tão confortáveis quanto o que eu esperava, tendo em vista que é um voo que dura 12 horas. Em compensação, as refeições: lanche, jantar (jantar mesmo), de manhã serviram um cafezão reforçado: ovo, pão, manteiga, salada de frutas, café, suco e mais umas coisas estranhas... parecia uma salada. E no meio disso sempre apareciam lanchinhos pequenos. Bem, voo da Lufthansa, comissários alemães! (falavam alemão e inglês). Pouco antes de aterrissar em Munique, já amanhecendo, deu para ver apenas uma vez, acima das nuvens que cobriam até onde a vista alcançava, os Alpes Suíços! Uma pequena ponta de montanha coberta de neve que despontava além das nuvens. Muito bonito!
Munique/Munich Airport: Mais bonito ainda sobrevoar um pequeno bairro de Munique antes de aterrissar: tudo branco de neve! as casas, os campos, as árvores, carros estacionados. Mas como estamos falando de primeiro mundo, as estradas estavam limpas e melhor que as brasileiras em pleno dia de sol. Bem, se as estradas estavam assim, não precisa nem falar da pista de pouso. Não deu para ver muito do aeroporto: como estávamos em conexão não precisamos fazer um novo check-in... então ficamos apenas na ala internacional. E não ia dar tempo mesmo: eram apenas 1:10min de conexão. Ah, e destaque para o silêncio do aeroporto! Nem parecia um lugar público, de tão silencioso que era. Aguardamos o resto do tempo no avião, que acabou atrasando uma hora porque a neve que acumulava em cima do nosso e dos outros aviões deve ser retirada com um produto especial (acredito que seja um anticongelante)... assim, formou-se uma fila de aviões (destaque para a presença da Lufthansa, que tem um setor
exclusivo no aeroporto do Munique!). Pois bem, um voo meio sem graça por que a europa inteira está coberta de neve por baixo e de nuvens por cima... alguma distração com a enorme quantidade de outros aviões que era possível avistar do nosso... era só procurar um rastro mais branco que as nuvens que lá estava um outro avião, durante as 3 horas de voo era possível ver outro avião ao longe. Em compensação, o final do voo foi um pouco tenso, hehe: a começar pelo fato de que eu não esperava que logo as 16:00 fosse noite! Noite mesmo, como as 22:00 no Brasil. Bem... já do avião eu percebi que as condições do tempo não estavam muito boas (é só olhar as notícias recentes de como está Moscou e seus aeroportos): embora eu já tivesse a certeza de que o pouso estava próximo, não era possível ver Moscou... eu podia saber que estava próximo porque as nuvens estavam alaranjadas pela iluminação da cidade... além do que já era o terceiro pouso da viagem... a gente pega o jeito, hehe... chega uma hora que a gente percebe quando o avião está fazendo os procedimentos de pouso. Bem, como se saísse do nada, surge a cidade... na verdade, pude ver apenas uma pequena parte do que eu acredito ser um bairro, o Domodedovo, onde é o aeroporto: bem diferente do que em Munique, não sei se devido ao tempo (na verdade, acho que não)... um caos! muitos aviões, muitas pessoas e nem tudo bem organizado... sem contar de que mesmo em balcões de atendimento, os russos não tem muita vontade de passar informações. Bem, já com o visto em mãos, pegamos nossas bagagens e saímos da ala internacional... sacamos um dinheiro e pegamos o trem para Saratov. Bem, encontrar este trem foi a tarefa mais difícil da viagem toda: na Paveletsky Station nenhum atendente fala inglês! Eu tive muita sorte de entrar em uma loja e encontrar uma mulher que falava inglês... me ajudou muito! Sem contar que a estação tem muitas pessoas, eu achei um pouco desorganizada e nada intuitiva! Ficamos uns 45 minutos procurando o lugar onde comprar os bilhetes de trem. Conseguimos devido ao papel que eu preparei com as frases em russo. Depois, mais algum tempo para encontrar onde o trem iria partir. Ah, e tudo isso em meio a muito, muito gelo! As calçadas criam uma pequena camada de gelo quando a neve começa a derreter (ou devido a chuva congelada que caiu em Moscou)... é literalmente andar sobre o gelo! Muito, mas muito escorregadio. Não sei como não vi ninguém cair ou mesmo eu mesmo não fui para o chão.
Bem, o trem é muito mais confortável do que eu imaginava: são quatro camas em cada cabine, não sei quantas cabines por vagão e nem quantos vagões... estava com preocupações demais para atentar a esses detalhes. Tive a incrível sorte de encontrar o Amir, que estava voltando com a mãe dele para o Uzbequistão.. ele fala inglês, hehe. Me ajudou muito! O trem é velho, sim... mas muito bem conservado... uma coisa muito interessante que percebi na Rússia como um todo: mesmo as coisas muito antigas são bem conservadas... e o mais importante: dificilmente se encontram atos de vandalismo... o trem era velho, mas as camas não estavam rasgadas e as divisõrias inteiras sem riscos ou arranhões... bem diferente do Brasil! Nem parece que a viagem durou 15 horas... foi bem mais confortável dormir no trem do que no avião (dessa vez eu pude deitar)... consegui ficar 5 horas sem acordar (acredite, isto é muito tempo para dormir de uma vez só em uma viagem)... cheguei em Saratov renovado! Consegui avisar o Semyon (eu estou hospedado na casa dele) através de um amigo do Amir que se dispôs a ligar para avisar todos os detalhes de onde o trem iria parar em Saratov...
Bem, de um modo geral, os eslavos não são tão fechados assim depois de um pouco de conversa... pelo menos não foram comigo.
São Paulo/Guarulhos: Não dava pra acreditar que era Guarulhos, em plenas 15:00 do dia 24 de dezembro. Sim, estava movimentado, mas muito longe do esperado... como fizemos o check-in bem cedo, nem enfrentamos fila! Almoçamos eu, o Ramon, o Artur e um outro intercambista que iria para a Austrália, amigo do Artur. Foi em um restaurante no aeroporto (nós preferimos comer bem porque esta poderia ser a última refeição ´de fundamento´ em muito tempo. Poderia, porque, contrariando o que todos pensavam, tem duas coisas que não se passam aqui na rússia: fome nem frio. Sim, não se passa frio aqui, tudo tem calefação, mas isso conto mais tarde. Enfim, restaurante que serve churrasco fora do Sul não sabe servir churrasco: por causa do bendito assador que era todo atrapalhado, uma fila enorme se formou para comer... quando eu consegui sentar à mesa a comida já estava fria. Mas era boa... fria, mas boa! Bem, voo internacional é outro nível: a começar pelo avião, um dos maiores do aeroporto. Dentro dele, as tradicionais divisões de classes, bem como em filmes (é claro que o nosso assento era lá atrás, hehe. Eram três fileiras, sendo que as das janelas tinham dois assentos e a do meio quatro.
Sinceramente, eu esperava que fossem mais. Bem, tela de lcd na frente de cada banco. Programação? a única que eu consegui prestar atenção era a que mostrava o status do voo: um mapa mostrando a localização do avião, e outras informações como tempo decorrido, tempo para o destino, altitude, velocidade... (altitude na maior parte do tempo era 35000 pés, se não me engano... e a velocidade 900 Km/h).. Os bancos não eram tão confortáveis quanto o que eu esperava, tendo em vista que é um voo que dura 12 horas. Em compensação, as refeições: lanche, jantar (jantar mesmo), de manhã serviram um cafezão reforçado: ovo, pão, manteiga, salada de frutas, café, suco e mais umas coisas estranhas... parecia uma salada. E no meio disso sempre apareciam lanchinhos pequenos. Bem, voo da Lufthansa, comissários alemães! (falavam alemão e inglês). Pouco antes de aterrissar em Munique, já amanhecendo, deu para ver apenas uma vez, acima das nuvens que cobriam até onde a vista alcançava, os Alpes Suíços! Uma pequena ponta de montanha coberta de neve que despontava além das nuvens. Muito bonito!
Munique/Munich Airport: Mais bonito ainda sobrevoar um pequeno bairro de Munique antes de aterrissar: tudo branco de neve! as casas, os campos, as árvores, carros estacionados. Mas como estamos falando de primeiro mundo, as estradas estavam limpas e melhor que as brasileiras em pleno dia de sol. Bem, se as estradas estavam assim, não precisa nem falar da pista de pouso. Não deu para ver muito do aeroporto: como estávamos em conexão não precisamos fazer um novo check-in... então ficamos apenas na ala internacional. E não ia dar tempo mesmo: eram apenas 1:10min de conexão. Ah, e destaque para o silêncio do aeroporto! Nem parecia um lugar público, de tão silencioso que era. Aguardamos o resto do tempo no avião, que acabou atrasando uma hora porque a neve que acumulava em cima do nosso e dos outros aviões deve ser retirada com um produto especial (acredito que seja um anticongelante)... assim, formou-se uma fila de aviões (destaque para a presença da Lufthansa, que tem um setor
exclusivo no aeroporto do Munique!). Pois bem, um voo meio sem graça por que a europa inteira está coberta de neve por baixo e de nuvens por cima... alguma distração com a enorme quantidade de outros aviões que era possível avistar do nosso... era só procurar um rastro mais branco que as nuvens que lá estava um outro avião, durante as 3 horas de voo era possível ver outro avião ao longe. Em compensação, o final do voo foi um pouco tenso, hehe: a começar pelo fato de que eu não esperava que logo as 16:00 fosse noite! Noite mesmo, como as 22:00 no Brasil. Bem... já do avião eu percebi que as condições do tempo não estavam muito boas (é só olhar as notícias recentes de como está Moscou e seus aeroportos): embora eu já tivesse a certeza de que o pouso estava próximo, não era possível ver Moscou... eu podia saber que estava próximo porque as nuvens estavam alaranjadas pela iluminação da cidade... além do que já era o terceiro pouso da viagem... a gente pega o jeito, hehe... chega uma hora que a gente percebe quando o avião está fazendo os procedimentos de pouso. Bem, como se saísse do nada, surge a cidade... na verdade, pude ver apenas uma pequena parte do que eu acredito ser um bairro, o Domodedovo, onde é o aeroporto: bem diferente do que em Munique, não sei se devido ao tempo (na verdade, acho que não)... um caos! muitos aviões, muitas pessoas e nem tudo bem organizado... sem contar de que mesmo em balcões de atendimento, os russos não tem muita vontade de passar informações. Bem, já com o visto em mãos, pegamos nossas bagagens e saímos da ala internacional... sacamos um dinheiro e pegamos o trem para Saratov. Bem, encontrar este trem foi a tarefa mais difícil da viagem toda: na Paveletsky Station nenhum atendente fala inglês! Eu tive muita sorte de entrar em uma loja e encontrar uma mulher que falava inglês... me ajudou muito! Sem contar que a estação tem muitas pessoas, eu achei um pouco desorganizada e nada intuitiva! Ficamos uns 45 minutos procurando o lugar onde comprar os bilhetes de trem. Conseguimos devido ao papel que eu preparei com as frases em russo. Depois, mais algum tempo para encontrar onde o trem iria partir. Ah, e tudo isso em meio a muito, muito gelo! As calçadas criam uma pequena camada de gelo quando a neve começa a derreter (ou devido a chuva congelada que caiu em Moscou)... é literalmente andar sobre o gelo! Muito, mas muito escorregadio. Não sei como não vi ninguém cair ou mesmo eu mesmo não fui para o chão.
Bem, o trem é muito mais confortável do que eu imaginava: são quatro camas em cada cabine, não sei quantas cabines por vagão e nem quantos vagões... estava com preocupações demais para atentar a esses detalhes. Tive a incrível sorte de encontrar o Amir, que estava voltando com a mãe dele para o Uzbequistão.. ele fala inglês, hehe. Me ajudou muito! O trem é velho, sim... mas muito bem conservado... uma coisa muito interessante que percebi na Rússia como um todo: mesmo as coisas muito antigas são bem conservadas... e o mais importante: dificilmente se encontram atos de vandalismo... o trem era velho, mas as camas não estavam rasgadas e as divisõrias inteiras sem riscos ou arranhões... bem diferente do Brasil! Nem parece que a viagem durou 15 horas... foi bem mais confortável dormir no trem do que no avião (dessa vez eu pude deitar)... consegui ficar 5 horas sem acordar (acredite, isto é muito tempo para dormir de uma vez só em uma viagem)... cheguei em Saratov renovado! Consegui avisar o Semyon (eu estou hospedado na casa dele) através de um amigo do Amir que se dispôs a ligar para avisar todos os detalhes de onde o trem iria parar em Saratov...
Bem, de um modo geral, os eslavos não são tão fechados assim depois de um pouco de conversa... pelo menos não foram comigo.
Mande mais notícias "piá!!
ResponderExcluirBeijão Arthur, faz tudo que te ensinei ai!! aiushiuahsdiuahd
Te cuida!
Thaís Pic....
congratulations!! i'm sure it was a dificult trip from so far to Saratov! Welcome to Russia! Yeah, people here are open after talking for a while!
ResponderExcluirNadia (ex-SM trainee) Moscow